Resenha: Si Jin (C-drama)

Se você é fã de dramas chineses, já deve estar familiarizado com o gênero de renascimento: protagonistas inteligentes que retornam ao passado para corrigir erros, tramas de vingança e segundas chances. Foi exatamente isso que Si Jin prometeu ao apresentar Jiang Si, a quarta filha da Mansão Dongping Bo, em sua jornada para reescrever o destino e proteger sua família. Porém, será que o drama entregou tudo o que podia? Vamos analisar os pontos altos e baixos desta produção.

Sinopse: Após ser traída e morta pelo amante Yu Jin, Jiang Si renasce anos antes de sua tragédia. Determinada a mudar sua história, ela rompe seu noivado, enfrenta familiares manipuladores, abre uma perfumaria e investiga crimes. Eventualmente, ela se reúne com Yu Jin e, juntos, trabalham para salvar seus entes queridos, limpar o nome de seu pai e proteger a paz da dinastia Zhou. Entre reviravoltas e dificuldades, os dois descobrem sentimentos renovados e um destino compartilhado.


Pontos Positivos

  1. A premissa: A ideia de renascimento é sempre intrigante, e Si Jin tem uma protagonista forte, determinada e capaz. Jiang Si toma decisões corajosas e luta para proteger quem ama, o que mantém o público interessado nos primeiros episódios.

  2. Produção visual: O design de produção, figurinos e cenários de Si Jin são impecáveis. A riqueza de detalhes na recriação da dinastia Zhou traz vida ao drama.

  3. Empoderamento feminino: Jiang Si abrir uma perfumaria e conquistar status como Santa são aspectos que destacam sua independência e capacidade de superação.


Pontos Negativos

  1. Execução da trama: Apesar de ser um drama de renascimento, as mudanças trazidas pela segunda chance de Jiang Si são mínimas. Ela protege sua família, mas sua jornada pessoal e emocional carece de profundidade. A subtrama sobre ela se tornar Santa, por exemplo, parece superficial e mal explorada.

  2. Personagens inconsistentes: O Imperador é, sem dúvida, o personagem mais frustrante. Suas decisões ilógicas e falta de controle político deixam o espectador confuso. Ele acredita cegamente em pessoas manipuladoras e negligencia sua responsabilidade como líder.

  3. Vilões genéricos: A Princesa Real e Mingyue são caricaturas de antagonistas: manipuladoras, cruéis e sem camadas. Suas ações, embora irritantes, não são suficientemente desafiadoras para criar tensão real na trama.

  4. Desfechos decepcionantes: A trama envolvendo Namwu, que parecia promissora, se desfaz no final, deixando uma sensação de vazio. Após 38 episódios, esperava-se um encerramento mais satisfatório.

  5. Falta de explicações: A morte de Jiang Si em sua vida passada é um ponto central, mas o drama não explica de forma clara como Yu Jin se sacrificou por ela. Esse furo narrativo enfraquece a relação deles e a credibilidade da história.

Si Jin tinha tudo para ser um drama marcante no gênero de renascimento, mas tropeça em sua própria ambição. Com personagens mal desenvolvidos, vilões pouco convincentes e desfechos apressados, a série entrega menos do que promete. Ainda assim, fãs de histórias visuais ricas e protagonistas femininas fortes podem encontrar motivos para assistir.

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